O AGRICULTOR CANSADO DO CAMPO


A nossa reflexão de hoje nos leva a repensarmos o verdadeiro valor daquilo que somos e daquilo que temos.
Um grande agricultor, dono de uma enorme fazenda, muito produtiva e com plenas condições de expansão, talvez pelo fato de nunca ter se preocupado em expandir sua mentalidade, olhando para além daquilo que sempre fazia, acabou se entediando com seu trabalho repetitivo. Todos os dias era a mesma rotina: levantar, supervisionar a ordenha das suas vacas leiteiras e também supervisionar o andamento da preparação da terra, plantio e colheita. Esse era o seu trabalho que era repetido dia após dia.
Depois de muito tempo, e já cansado dessa rotina, resolveu tomar uma atitude drástica: VENDER SUA FAZENDA. Começou então a planejar os detalhes. Teve uma idéia genial. Um de seus melhores amigos era poeta, já com vários livros publicados e uma coluna semanal no Jornal mais importante de cidade. O fazendeiro então pediu ao poeta para elaborar um texto para vender a sua fazenda o mais rápido possível.
O poeta então se deteve sobre o pedido do amigo e formulou um texto bem cativante e provocativo: VENDO UM PEDACINHO DO CÉU. É UMA ÁREA ENORME DE TERRA FÉRTIL, COM UMA PLANTAÇÃO MARAVILHOSA, UM GADO LEITEIRO DE PRIMEIRA QUALIDADE, ALÉM DE TER UM LINDO POMAR COM UMA VASTIDÃO DE ÁRVORES FRUTÍFERAS. TEM TAMBÉM UM LINDO JARDIM COM FLORES MARAVILHOSAS. E O MAIS IMPORTANTE, TEM UM RIACHO QUE CORTA TODA A FAZENDA E FAZ A IRRIGAÇÃO DE TODA A PLANTAÇÃO, ALÉM DE MANTER UM MARAVILHOSO LAGO COM UMA ENORME QUANTIDADE DE PEIXES. É UMA OPORTUNIDA IMPERDÍVEL.
O Poeta aproveitou sua influência no jornal e publicou o anúncio em destaque no jornal. Só que nunca mais teve retorno sobre o sucesso da venda. Curioso, decidiu ir até a fazenda e para sua surpresa, seu amigo continuava lá trabalhando como de costume. O poeta então, um tanto quanto surpreso pergunta a seu amigo: E então? Não deu certo com a venda?
O fazendeiro então respondeu ao seu amigo: vc. Acha que eu tô doido? Depois de tudo o que você escreveu, eu realmente me dei conta de que sou proprietário de um pedacinho do paraíso. Jamais irei me desfazer desse tesouro.
Pois então? Muitas vezes nós temos em mãos um tesouro preciosíssimo e não nos damos conta. Com o decorrer do tempo, tudo se torna tão normal que já nem valorizamos mais o que temos.
E aqui poderíamos enumerar uma série de pequenos paraísos: pode ser nosso trabalho, nossos amigos, nossa família, nossa casa, nosso carro, enfim, tudo aquilo que nos proporciona segurança e qualidade de vida. Por isso é importante, nos atualizarmos sempre, independente de qual atividade exercemos. É importante também ampliarmos nossa visão de mundo em relação à nossa vida como noivos, como casal e como família.
Além de Celebrante, também atua como MENTOR na área do Aconselhamento e Psicologia pastoral. Sempre digo aos meus clientes que o Mentor ou o Conselheiro, não dá conselhos. Ele orienta as pessoas a se redescobrirem a si mesmas. Me faço de PONTE para que as pessoas consigam fazer a travessia com segurança e tranquilidade.
O grande problema é que a maioria das pessoas não admite precisar de ajuda. Mas o fato é, que a grande maioria precisa e muito. E ninguém precisa ter vergonha em pedir ajuda para alguém de sua confiança, para que possa redescobrir o seu pequeno paraíso.
Voltemos ao nosso famoso Fazendeiro. Tinha tudo, ou quase tudo e não era feliz. Precisou da ajuda de seu amigo para que pudesse abrir a sua mente e valorizar tudo o que possuía.
Abrir nossa mente para o novo e permitir usufruirmos de todas as dádivas que o Criador nos deu de presente, para que nós sejamos os administradores dessa maravilhosa e harmônica criação do Universo.
Não se esqueça, você também é possuidor de um pedacinho do céu. Cultive-o com muito amor e carinho e viva feliz. Namastê.   

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